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No mundo agitado de hoje, onde o trabalho e as atividades diárias exigem cada vez mais do nosso corpo, um problema silencioso se destaca: a LER (Lesão por Esforço Repetitivo).
Dores nas mãos, punhos, braços e ombros, formigamentos, fadiga e até mesmo a perda de força muscular são alguns dos sintomas que podem indicar a presença dessa condição.
Mais do que um incômodo, a LER pode trazer impactos negativos para a vida das pessoas, limitando sua capacidade de realizar tarefas simples do dia a dia e afetando inclusive a qualidade do sono.
É aí que a ergonomia entra em cena como uma ferramenta crucial para prevenir e combater essa doença.
Ao adaptar o ambiente de trabalho e os hábitos do dia a dia aos limites do corpo humano, a ergonomia promove o bem-estar e a saúde, tornando-se essencial para quem busca uma vida livre de dores e com mais qualidade.
O que é Lesão por Esforço Repetitivo?
A LER (Lesão por Esforço Repetitivo) se caracteriza por microtraumas nos músculos, tendões e nervos, geralmente causados por movimentos repetitivos e posturas inadequadas prolongadas.
Essa sobrecarga leva à inflamação e à degeneração dos tecidos, resultando em dor, fadiga e perda de função.
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da LER, como:
- Movimentos repetitivos: digitar, usar ferramentas manuais, tocar instrumentos musicais e praticar esportes são alguns exemplos de atividades que podem aumentar o risco de LER, especialmente quando realizadas de forma inadequada ou por longos períodos.
- Posturas inadequadas: manter a postura curvada por muito tempo, seja no trabalho, dirigindo ou usando o celular, sobrecarrega os músculos e articulações, favorecendo o surgimento da LER.
- Fatores biomecânicos: predisposição genética, desequilíbrios musculares e fraqueza muscular também podem aumentar o risco de desenvolver LER.
- Fatores psicológicos: estresse, ansiedade e fadiga podem intensificar os sintomas da LER e dificultar a recuperação.
Quais os principais sintomas da Lesão por Esforço Repetitivo?
A LER se manifesta como um aviso do seu corpo de que algo precisa mudar. Ela se desenvolve aos poucos, passando por diferentes estágios, do leve ao grave.
Para te ajudar a identificar se você está com LER, preste atenção a estes sinais:
- Dor ou sensibilidade: aquela dor chata que aparece na região afetada, principalmente durante ou após movimentos repetitivos.
- Rigidez: a sensação de que seus músculos estão travados, limitando seus movimentos.
- Formigamento ou dormência: como se agulhadas estivessem percorrendo a área, ou se ela estivesse “adormecendo”.
- Fraqueza: a força nos músculos da região fica reduzida, dificultando até mesmo tarefas simples.
- Cãibras: contrações musculares involuntárias que causam dor e desconforto.
- Inchaço: a região afetada fica inflamada e aumentada de volume.
No início da LER, esses sinais podem ser sutis, aparecendo apenas durante atividades repetitivas específicas. Mas se você não cuidar, eles podem se tornar constantes, com a dor se intensificando e durando por mais tempo.
Lembre-se: a LER é um problema sério que precisa de atenção. Se você notar qualquer um desses sinais, procure um médico ou fisioterapeuta para um diagnóstico preciso a fim de iniciar o tratamento adequado.
Ergonomia: a arma secreta contra a LER
A ergonomia é um escudo poderoso na luta contra a LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Essa ciência busca adaptar o ambiente de trabalho e as atividades do dia a dia às características físicas, psicológicas e cognitivas do indivíduo, promovendo saúde, conforto e produtividade.
No Brasil, a Norma Regulamentadora 17 (NR17) reforça a importância da ergonomia no ambiente de trabalho, estabelecendo diretrizes para a organização do trabalho, condições ambientais, mobiliário adequado e jornada de trabalho.
Alguns dos princípios básicos da ergonomia incluem a adaptação do trabalho ao trabalhador, o que significa ajustar móveis, ferramentas e equipamentos à altura e biomecânica do indivíduo para evitar posturas inadequadas e sobrecarga muscular.
Outro princípio é a variedade de tarefas, que consiste em alternar diferentes atividades para evitar a repetição constante de movimentos e promover o descanso dos músculos.
A redução da carga física é também essencial, utilizando ferramentas ergonômicas que facilitam o trabalho, diminuindo o esforço físico e prevenindo lesões.
Por fim, a melhoria das condições ambientais é fundamental, com iluminação adequada, temperatura agradável, controle de ruídos e ventilação apropriada, contribuindo para o bem-estar e a produtividade.
Evitando LER: aplicando a ergonomia na prática
Veja alguns dicas práticas para aplicar a ergonomia no dia a dia:
- Ajuste a altura da cadeira para que seus pés fiquem apoiados no chão e seus cotovelos em ângulo de 90 graus sobre o teclado.
- Posicione o monitor na altura dos olhos, a uma distância de 50 a 70 cm do rosto. Suportes para notebook e suportes para monitor podem ajudar.
- Utilize um apoio para os pulsos durante o uso do mouse e do teclado.
- Mantenha uma postura adequada com ombros relaxados, pulsos retos e costas apoiadas no encosto da cadeira.
- Para mover objetos pesados, sempre dobre os joelhos.
- Faça pausas frequentes para levantar, alongar-se e caminhar.
Acessórios como suportes para notebook, suportes para monitor, apoios de pés e descansos de pulso são excelentes aliados da ergonomia!
E o melhor é que você pode encontrar diversos modelos na nossa loja. A maioria dos produtos tem certificação NR17!
Existe tratamento para LER?
Evitar o surgimento de LER é sempre a melhor opção. Para isso, algumas medidas simples podem fazer a diferença, como as que mencionamos no tópico anterior.
Porém, quando a LER já se instalou, o tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas e a causa das doenças.
As medidas terapêuticas mais comuns incluem mudanças no ambiente de trabalho, como a adequação da ergonomia, pausas frequentes e treinamento sobre posturas corretas.
Além disso, o repouso pode ser necessário em alguns casos, exigindo que a pessoa se afaste das atividades que causam dor para permitir a recuperação dos músculos e tendões.
Medicamentos, como anti-inflamatórios e analgésicos, podem ajudar a aliviar a dor e a inflamação.
A fisioterapia, com exercícios específicos para fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e reduzir a dor, é também uma opção de tratamento.
Em alguns casos, a imobilização com o uso de órteses (talas, coletes e cintas) pode ser necessária para promover a recuperação da região afetada.
Já em casos graves e específicos, a cirurgia pode ser indicada para corrigir danos nos tendões, nervos ou ossos.
A LER pode ser evitada e tratada com sucesso. Adotando medidas preventivas e buscando ajuda profissional quando necessário, você protege sua saúde e garante mais qualidade de vida.
Nota importante: esse conteúdo é apenas informativo e não busca diagnosticar nem tratar qualquer pessoa. Busque ajuda especializada!
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Olá, boa tarde! Estamos à disposição para qualquer dúvida, tenha uma ótima tarde!
Daniely | Mundoware
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Excelente conteúdo, precisamos de fato nos cuidar, me envie sempre . Obrigado
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Boa tarde, Cesar! Ficamos muito felizes em saber que gostou da matéria, esperamos sempre poder ajudar trazendo informações importantes para o nosso dia a dia no trabalho!
Daniely | Mundoware