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A Mundoware também está na luta contra o Coronavírus. Tire suas maiores dúvidas e aprenda tudo sobre o Covid-19, incluindo prevenção, sintomas e recuperação da doença.
O que é o Covid-19?
O Covid-19 é causado por um membro da família dos coronavírus que nunca foi encontrado antes. Como outros coronavírus, ele foi transferido para humanos através de animais. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Covid-19 como uma pandemia.
Quais são os sintomas que o coronavírus causa?
Segundo a OMS, os sintomas mais comuns do Covid-19 são febre, cansaço e tosse seca. Além disso, alguns pacientes também podem apresentar corrimento nasal, dor de garganta, congestão nasal e dores e dores ou diarreia. Algumas pessoas ainda relatam perder o sentido do paladar e/ou cheiro.
Em suma, cerca de 80% das pessoas que recebem o Covid-19 experimentam um caso leve – quase tão grave quanto um resfriado comum – e se recuperam sem a necessidade de qualquer tratamento especial.
No entanto, cerca de uma em cada seis pessoas, de acordo com a OMS, fica gravemente doente. Por exemplo, os idosos e as pessoas com problemas médicos subjacentes, como pressão alta, problemas cardíacos, diabetes ou condições respiratórias crônicas, correm maior risco de doenças graves por Covid-19.
No Brasil, o Ministério da Saúde identificou os sintomas específicos a serem observados quando experimentados. São eles:
- Febre alta;
- Tosse contínua;
- Dificuldade para respirar.
Como se trata de uma pneumonia viral, os antibióticos são inúteis para o Covid-19. Ou seja, os medicamentos antivirais que temos contra a gripe não funcionam e, atualmente, não existe vacina. Assim, a recuperação do paciente depende da força do sistema imunológico.
Devo ir ao médico se estiver com febre ou tosse?
No Brasil, qualquer pessoa com sintomas deve ficar em casa, em média, durante sete dias. Além disso, se você mora com outras pessoas, elas devem ficar em casa por pelo menos quatorze dias, para evitar espalhar a infecção para fora de casa. Isso se aplica a todos, independentemente de terem viajado para o exterior ou não.
Quantas pessoas foram afetadas?
A comissão nacional de saúde da China confirmou a transmissão de homem para homem em janeiro. Em 26 de março, mais de 500.000 pessoas foram infectadas em mais de 150 países, segundo o Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins.
Ou seja, houve mais de 23.000 mortes em todo o mundo. Pouco mais de 3.000 dessas mortes ocorreram na China continental, onde o coronavírus foi registrado pela primeira vez na cidade de Wuhan.
A Itália foi a mais atingida, com mais de 8.200 mortes. Muitos dos que morreram tinham problemas de saúde subjacentes, complicados pelo coronavírus. Em contrapartida, mais de 120.000 pessoas são registradas como tendo se recuperado do coronavírus.
Por que isso é pior que a gripe normal e como os especialistas estão preocupados?
Ainda não sabemos o quão perigoso é o novo coronavírus, e não saberemos até que cheguem mais dados, mas as estimativas da taxa de mortalidade variaram de bem abaixo de 1% nos jovens a mais de 3% entre os idosos ou pesssoas com condições de saúde subjacentes.
A gripe sazonal normalmente tem uma taxa de mortalidade abaixo de 1% e acredita-se que cause cerca de 400.000 mortes a cada ano em todo o mundo.
Outro ponto importante, sem dúvida, é o quão contagioso é o novo coronavírus. Uma diferença crucial é que, diferentemente da gripe, não existe vacina para o Covid-19, o que significa que é mais difícil para os membros vulneráveis da população – idosos ou pessoas com problemas respiratórios ou imunológicos – se protegerem. Lavar as mãos e evitar outras pessoas são ações importantes.
Há muitas práticas simples que você pode adotar para limitar o risco de contrair o coronavírus. Segundo a professora honorária da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e também presidente do Fórum Científico Internacional sobre Higiene Doméstica, Sally Bloomfield, tomar medidas para se proteger também significa proteger a comunidade em geral.
A maioria das pessoas experimenta sintomas leves, mas algumas pessoas de mais idade e com problemas de saúde subjacentes são mais vulneráveis a sintomas graves.
Para que possamos realmente salvar vidas tomando as precauções corretas, aqui estão as maneiras mais eficazes de se proteger contra o coronavírus, incluindo informações atualizadas sobre distanciamento social do governo.
Como se proteger?
Lave as mãos com mais frequência
Essa é uma defesa importante contra a captação e a disseminação de coronavírus, por isso, faça isso com frequência – sempre depois de sair, antes de comer e depois de ir ao banheiro.
O famoso álcool em gel (contendo pelo menos 60% de álcool) é útil para proteger contra a propagação de germes e vírus. No entanto, lavar as mãos com água e sabão ainda é a melhor saída.
O álcool em gel para as mãos é eficaz quando água e sabão não estão disponíveis. Isso inclui o transporte público ou lugares onde é difícil chegar ao banheiro (como, por exemplo, avião, trem e ônibus).
Carregar um pote pequeno de álcool em gel facilita a desinfecção das mãos nessas situações. Algumas pessoas o usam quando se sentam para comer em algum lugar, por exemplo. Outros o usam quando estão na presença de multidões (mercado, farmácia, entre outros).
Para tanto, aplique uma gota generosa de álcool em gel na palma da mão e esfregue-o nas duas mãos, na frente e nas costas, entre os dedos e nas pontas deles.
Carregue tecidos, mas jogue fora depois de um uso
De acordo com Sally Bloomfield, os tecidos são uma boa maneira de bloquear as gotículas de ar produzidas por uma tosse ou espirro, mas também para manter o vírus fora de suas mãos, ou seja, tossindo ou espirrando em um tecido, e não na palma.
Muitos de nós usamos um lenço de papel para assoar o nariz e, em seguida, ele pode voltar para os bolsos, mas a chave agora é jogá-lo fora imediatamente após um uso, pois os germes podem viver no lenço de papel por várias horas.
Se você não tiver um lenço de papel, tussa ou espirre na dobra do braço, e não nas mãos. De outro modo, se sua tosse for recente, lembre-se de que o melhor conselho é que, se você desenvolver uma tosse nova e persistente e/ou temperatura alta, deve fazer o autoisolamento por sete dias. Se você mora com outras pessoas, elas devem fazer o autoisolamento por quatorze dias a partir do início dos sintomas.
Não viaje se apresentar sintomas
Não faça viagens e evite sair do país se apresentar sintomas. Todo o setor de viagens está enfrentando uma crise devido à atual pandemia do Covid-19. As consultas de voos, hotéis e atividades em destinos afetados serão acompanhadas por avisos ou restrições relacionadas ao coronavírus.
De acordo com os mais recentes conselhos dos governos do mundo todo, pessoas maiores de 70 anos (que estão dentro do grupo de risco do Coronavírus) não devem fazer viagens.
A viagem é restrita para quem não possui permissão válida emitida por motivos médicos ou profissionais. Todos os eventos esportivos foram cancelados e as escolas e universidades permanecem fechadas.
O Ministério da Saúde está desaconselhando todas as viagens à província chinesa de Hubei, o epicentro do surto global, e todas as viagens, exceto as essenciais, ao resto da China continental.
O departamento do governo também está desaconselhando todas as viagens para as cidades de Daegu, Cheongdo e Gyeongsan na Coreia do Sul, bem como para Itália e outros países com casos confirmados.
Fique atento aos conselhos sobre distanciamento social
O distanciamento social é uma medida para reduzir o contato que as pessoas têm umas com as outras. O governo brasileiro aconselha:
- Evitar todo uso não essencial de transporte público;
- Trabalhar em casa sempre que possível;
- Evitar grandes encontros e ir em bares, cinemas, estádios de futebol, teatros ou outros lugares fechados e de grande aglomeração;
- Evitar reuniões com a família e amigos, usando telefone e internet para manter contato;
- Usar serviços telefônicos ou online para entrar em contato até mesmo com o seu médico ou outros serviços essenciais.
O governo aconselha, também, que pessoas maiores de 70 anos, ou qualquer outra pessoa com uma condição de saúde subjacente e as que estão grávidas, tomem conhecimento dessas diretrizes. Para mais informações, visite o site do Ministério da Saúde e leia sobre distanciamento social.
Em São Paulo, o governador João Dória (PSDB), em uma entrevista coletiva, admitiu a possibilidade de autoridades da polícia (Polícia Militar e agentes da Guarda Civil) abordarem idosos mesmo nas ruas.
Segundo ele, por conta da desinformação e teimosia, muitos idosos saem às ruas. Com a ajuda da polícia, idosos poderão ter acesso à informações de forma correta. O governador, no entanto, tranquiliza: a medida trata-se de orientações e recomendações.
Use máscaras faciais apenas conforme recomendado
Pode ser difícil entender por que nem todos nos dizem para usar máscaras faciais quando somos bombardeados com imagens de pessoas usando-as, mas o Ministério da Saúde recomenda que, embora as máscaras desempenhem um papel importante nos hospitais, há poucas evidências de benefício para o público em geral.
Assim, algumas pessoas podem ser aconselhadas a usar uma máscara se um prestador de cuidados externo entrar enquanto estiver se isolando em casa.
Além disso, segundo as informações do Ministério da Saúde, as máscaras são úteis para quem está infectado para reduzir a chance de transmitir o vírus. Nos hospitais, os profissionais de saúde precisarão tocar os pacientes em salas fechadas, portanto, o risco de exposição é muito alto e as máscaras oferecem proteção nesse ambiente.
Mas a proteção da máscara não dura muito e, assim, elas são trocadas regularmente (entre os pacientes). A equipe do hospital não os usará no dia a dia do trabalho (por exemplo, ambulatórios).
Cuide do seu corpo (e deixe de fumar)
Você pode ter visto conteúdo online ou nas notícias falando sobre a construção de seu sistema imunológico, antecipando um surto de coronavírus. Mas, embora você deva (como sempre) certamente consumir uma dieta equilibrada, beber com moderação e dormir o suficiente, não há muito o que fazer além disso.
De acordo com a professora do Centro Universitário São Camilo, Deise Cristina Caramico, é necessário ter uma boa dieta, alimentar-se corretamente e de forma saudável para manter o corpo preparado contra possíveis invasores.
Apesar de que, em tempos de gripe, a procura por suplementos e vitamina C seja alta, só é necessário optar pelo uso desses produtos caso fique comprovada a ausência de algum nutriente. A recomendação, portanto, é iniciar com um cardápio equilibrado e saudável.
Além das mudanças necessárias no cardápio, deixar de fumar é encorajado. Existem dados que sugerem que o tabagismo está associado a doenças mais graves.
Caso infectado, o que acontece após a recuperação?
Mesmo quando o número de casos aumenta dramaticamente na Europa e na América do Sul, o coronavírus atingiu o pico em vários países asiáticos e a primeira pesquisa sobre os efeitos a longo prazo do vírus está surgindo.
De fato, um estudo da revista médica The Lancet fornece uma resposta preocupante. Afinal de contas, ele relata que pacientes com coronavírus podem manter o patógeno no trato respiratório por até 37 dias, o que significa que eles podem permanecer infecciosos por muitas semanas.
Dado que o atual período de quarentena é recomendado em 14 dias, os pacientes podem permanecer contagiosos por muito tempo após o desaparecimento dos sintomas, espalhando involuntariamente o vírus.
Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, observou em uma audiência perante o Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara: “Não provamos formalmente, mas é altamente provável que seja esse o caso. Porque se isso agir como qualquer outro vírus, uma vez recuperado, você não será infectado novamente. ”
Você pode obter Coronavírus novamente?
Há relatos isolados de pessoas aparentemente sendo infectadas com coronavírus. Dados de autoridades de saúde da província de Guangdong na China informaram que 14% das pessoas que se recuperaram tiveram um resultado positivo novamente. No entanto, pode haver outras explicações, em vez de reinfecção.
Por exemplo, existe a possibilidade de permanecer inativo após um ataque inicial de doença com sintomas mínimos, antes de atacar os pulmões. Além disso, sempre há erros humanos, como testes imprecisos ou pacientes recebendo alta prematuramente.
Normalmente, quando uma infecção viral é derrotada pelo sistema imunológico do corpo, ele sabe como derrotá-la novamente, o que deverá acontecer com o novo coronavírus. Uma exceção seria se o paciente fosse, de alguma forma, imunodeficiente.
