DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos): seu guia completo

DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos): seu guia completo

Tempo de leitura: 12 minutos

Se você deseja saber sobre essa tecnologia capaz de proteger sua casa ou empresa de surtos elétricos, evitando grandes prejuízos, veio ao lugar certo. Acompanhe o nosso artigo especial e super completo sobre DPS e entenda o seu funcionamento, vantagens e possibilidades. Boa leitura!

O que é DPS?

O surto elétrico é um tipo de oscilação brusca, causada por uma descarga intensa, que gera uma grande variação em um curto período de tempo. Assim sendo, essa onda transitória se propaga ao longo de toda a rede elétrica, acometendo aparelhos eletrônicos e causando problemas.

Desse modo, pode ocorrer a queima de dispositivos elétricos e eletrônicos conectados à rede afetada. Evidentemente, isso pode gerar uma série de grandes prejuízos, tanto em residências, quanto em indústrias ou comércios.

Por conta disso, conhecer um Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) pode fazer toda a diferença, já que esse produto é capaz de proteger a sua rede elétrica. Tais dispositivos podem defender os aparelhos eletrônicos contra descargas atmosféricas ou outras anomalias.

Qualquer grande e repentina oscilação na tensão de uma rede elétrica pode causar a queima dos aparelhos que nela estiverem conectados. Dessa maneira, o uso de um DPS pode proteger a rede, evitando que uma série de prejuízos ocorram.

Existem praticamente três modalidades diferentes de DPS, cada uma é indicada para atender a uma situação diferente. Entretanto, o funcionamento de todas elas é basicamente igual, apenas mudando as configurações e aplicações de cada uma.

O que torna o DPS funcional aos surtos elétricos é a forma como os seus componentes internos e seus materiais reagem a uma descarga intensa. Assim sendo, um dos componentes mais importantes desse dispositivo é o varistor.

Como funciona o DPS?

Essencial para o funcionamento do DPS, o varistor é um resistor elétrico que se comporta conforme a tensão, assim, mudando o valor da sua resistência. Desse modo, quanto maior for a tensão, menor será a oposição à passagem dessa corrente.

O mesmo vale para o oposto. Dessa forma, quanto menor a tensão, maior será a resistência à passagem da corrente.

O varistor é um resistor que possui uma resposta bastante rápida, sendo esse um dos maiores pontos fortes dele.

Portanto, quando ocorre um surto elétrico, a tensão se eleva múltiplas vezes, então, ao passar pelo DPS, a resistência do varistor é praticamente nula, o que permite um caminho livre para toda aquela corrente de altíssima tensão decorrente do surto.

Por fim, a corrente acaba sendo escoada para o aterramento, livrando assim a rede local de receber o surto que iria causar diversos problemas.

Em suma, esse é o funcionamento do DPS e a atuação do varistor nesse dispositivo.

Simplificando

Em outras palavras, o que o DPS faz é desviar o surto elétrico para o sistema de aterramento, evitando a queima de aparelhos ligados à rede. Tudo isso ocorre muito rapidamente, em um curto espaço de tempo, correspondente a uma fração de segundo.

Evidentemente que, para o dispositivo funcionar, ele deve ser instalado da maneira correta. Assim sendo, o DPS funciona com o fase ligado em um terminal e o terra conectado ao outro. O que acontece nesse momento é uma espécie de curto, porém, sem danos ao sistema.

Isso porque o DPS causa um curto entre fase e terra, em uma fração de segundo.

No entanto, o dispositivo também possui uma vida útil. Porém, um problema grande pode ocorrer quando acontece a queima do dispositivo interno, e o curto entre fase e terra permanece. Nesse caso, é necessário ter instalado no circuito um equipamento que realize a desconexão.

Tipos de DPS

Conforme mencionado anteriormente, existem três modalidades de DPS. Por conta disso, é necessário conhecer cada uma delas, a fim de saber qual utilizar e em qual situação. Veja agora em nossa lista quais as classes de Dispositivo de Proteção contra Surtos:

  • DPS classe I;
  • Classe II;
  • DPS classe III.

Entre essas três classes, estão os dispositivos que atendem a todos os tipos de casos e necessidades. Dessa forma, cada uma visa proteger contra as sobretensões em diferentes lugares e situações, conforme a intensidade e precisão necessárias para tal.

Classe I

O DPS de classe I é o mais primário entre todos. Desse modo, a indicação é para uso em ambientes que estão dispostos diretamente a descargas atmosféricas. Geralmente é instalado nos quadros primários, podendo seu usado em áreas rurais ou urbanas periféricas.

Disposto diretamente nos QGBT, tem a função de proteger as redes que se encontram em grande grau de vulnerabilidade. Assim sendo, o DPS I é capaz de drenar parcialmente a corrente de um raio, diminuindo assim os riscos em tempestades.

Classe II

Já o DPS de classe II é o mais utilizado entre todos. Isso porque ele é capaz de drenar as correntes que atingem um local de forma indireta. Dessa maneira, pode proteger residências ou comércios situados em locais de grande concentração.

Por exemplo, podemos citar um bairro com diversas residências, um condomínio de prédios ou até mesmo comércios. Isso porque os DPS II drenam a corrente recebida de forma indireta, já que raramente um raio acomete de forma direta em perímetro urbano.

Normalmente a carga é recebida de forma indireta pelas residências e comércios, diferente de casas e indústrias localizadas em áreas de pouca habitação. Além disso, os DPS II são instalados nos quadros secundários, pois há grande concentração nas áreas urbanas.

Classe III

Já os DPS de classe III são os mais finos e precisos. São usados principalmente para proteger painéis de dados ou telefonia, visto que esses equipamentos são mais sensíveis e necessitam de um dispositivo que possa protegê-los de qualquer baixa oscilação.

DPS portátil

Embora não seja classificado como um tipo de DPS, vale a pena citar essa categoria prática e igualmente segura: o DPS portátil.

Podendo ser encontrado em vários modelos e com várias especificações, o DPS portátil tem tamanho reduzido, uso simplificado, do tipo “plugue e use”, sendo uma excelente opção para eletroeletrônicos dos mais diversos tipos.

Outra grande vantagem desse modelo é que você pode levá-lo para onde precisar: um co-working, um café, um hotel, a casa de um amigo ou onde for necessário.

Veja, abaixo, a imagem de um DPS portátil:

Qual DPS usar?

Para responder a essa questão, basta analisar qual a sua necessidade. Dessa forma, se você quiser proteger sua casa de campo, sítio, fazenda ou similares, onde haja pouca concentração de imóveis, o ideal é que você empregue o DPS I.

Entretanto, se você deseja utilizar um dispositivo para a proteção de sua residência, apartamento ou até mesmo sala comercial, o ideal é usar o intermediário. Nesse caso, o DPS II poderá proteger seus equipamentos elétricos e eletrônicos contra a ação indireta de uma descarga atmosférica.

Porém, se a necessidade é para uso em painéis de dados ou telefonia, que geralmente possuem aplicações empresariais, o ideal é usar o mais preciso dispositivo, o DPS III.

Além disso, vale lembrar que, para uso em indústrias ou imóveis retirados, o correto é o DPS I.

Evidentemente, você deve procurar um profissional capacitado para realizar as instalações de modo correto e seguro. Da mesma forma, o profissional saberá lhe orientar sobre qual a classe de dispositivo que você deve utilizar, independente da aplicação.

Vale lembrar também que um DPS tem uma enorme capacidade de suportar correntes altíssimas, podendo resistir a Kiloamperes. Em suma, o dispositivo recebe a corrente e a desvia para o sistema de aterramento, evitando assim que aconteçam queimas de equipamentos.

Aplicações e vantagens

Apesar de ser um dispositivo muito conhecido e importante no setor elétrico, ainda é pouco conhecido popularmente. Por conta disso, nosso guia completo sobre DPS visa disseminar sua importância, principalmente no setor arquitetônico.

Isso porque a utilização desses dispositivos pode evitar uma série de prejuízos, que ocorrem mais frequentemente do que imaginamos. Dessa forma, conhecer bem o DPS e utilizá-lo é algo muito importante, que pode ajudar muitas pessoas em diferentes casos.

Assim sendo, utilizar o DPS em projetos arquitetônicos é um ponto muito interessante, capaz de beneficiar tanto o arquiteto quanto o contratante do projeto. Além de evitar queima de aparelhos, o dispositivo pode também evitar incêndios.

A maior causa de incêndios residenciais são os acidentes em rede elétrica, principalmente a falta de manutenção e envelhecimento da fiação. Entretanto, há casos que ocorrem devido à alta tensão recebida de forma indireta ou direta, e nesses casos o DPS pode evitar incêndios.

Em suma, podemos afirmar que as principais vantagens de utilizar o DPS é aumentar a vida útil de seus equipamentos elétricos e eletrônicos, além de também evitar incêndios. Picos e oscilações de energia, por vezes, também podem comprometer um determinado aparelho.

Assim sendo, o DPS não apenas protege a rede em casos de raios e descargas elétricas, mas também em qualquer caso que se possa gerar surtos. Como exemplo, podemos citar uma falha em transformador de rua ou até mesmo acidentes envolvendo postes de luz.

As possibilidades são infinitas e, certamente, contar com um DPS em sua instalação elétrica pode prevenir uma série de problemas, inclusive oferecer maior tranquilidade e relaxamento, principalmente quando estamos longe de casa.

Entendendo o surto elétrico

A função do DPS é exatamente proteger a rede elétrica de surtos. Esses simples fato garante uma gama de benefícios, que vão desde a proteção e preservação de equipamentos, até a prevenção de incêndios. Dessa forma, compreender o que é o surto elétrico é fundamental para entender qual é a atuação do Dispositivo de Proteção contra Surtos.

O surto nada mais é que uma oscilação brusca e repentina na tensão, ocasionando uma taxa elevada que ultrapassa os parâmetros normais.

Essa oscilação se dá dentro de um curtíssimo espaço de tempo, geralmente dentro de milésimos de segundos. Assim, já se sabe que uma das principais causas desse salto repentino na tensão elétrica é a descarga atmosférica, ou seja, os raios elétricos.

Além disso, há outros causadores dos surtos elétricos, como as manobras de rede e o liga/desliga de máquinas.

No caso das manobras de rede, isso ocorre quando as empresas ou companhias de energia elétrica fazem manutenções, causando interrupção repentina na rede. Da mesma forma, tanto as faltas de energia ou blecautes, quanto os religamentos de energia, podem ocasionar surtos elétricos. Isso porque os distúrbios eletromagnéticos gerados nesses processos alteram a tensão natural e contínua de uma determinada rede elétrica.

O mesmo ocorre quando são ligados e desligados grandes motores elétricos. Elevadores prediais, motores industriais ou, até mesmo, aparelhos de ar condicionado, são exemplos. Sempre que esses motores são ligados ou desligados, gera-se sobretensões.

Evidente que os casos causados por motores elétricos possuem intensidade inferior, e por conta disso seus danos geralmente não são imediatos. Entretanto, danos a médio e longo prazo podem ser causados.

Tais surtos que não causam danos imediatos podem comprometer os componentes elétricos dos equipamentos aos poucos, diminuindo sua vida útil. Dessa forma, utilizar corretamente um DPS pode contribuir de muitas formas, até mesmo a longo prazo.

Considerações finais

Em resumo, esses dispositivos possuem um funcionamento simples de entender, porém as aplicações e vantagens adquiridas por meio deles são diversas. Sem dúvida, podemos afirmar que é uma ótima alternativa empregar corretamente o DPS.

Seja para indústrias e casas de campo, ou até mesmo para uso residencial dentro de grandes centros urbanos, pode-se evitar uma série de prejuízos imediatos, além de médio e longo prazo. Da mesma forma ocorre com o seu emprego em serviços de dados, internet e telecomunicação.

As possibilidades de aplicação dentro das residências também são diversas e, certamente, darão maior vida útil aos equipamentos elétricos e eletrônicos. Por isso, contar com os serviços de um profissional ou empresa capacitada faz toda a diferença.

Inclusive, empregar as diferentes classes de forma inadequada poderá não garantir o resultado desejado. Portanto, é imprescindível que as instalações sejam feitas de forma correta e por um profissional que realmente conhece o funcionamento do dispositivo e saiba como instalar.

A longo prazo, a utilização dos Dispositivos de Proteção contra Surtos certamente trará uma série de benefícios, evitando prejuízos enormes. Além disso, na área empresarial, empregar os DPSs de forma correta pode diminuir de forma considerável os problemas com dano e perda de equipamentos.

Os DPSs são produtos com preço de mercado relativamente acessível, principalmente quando levamos em consideração os seus benefícios. Desse modo, tanto para uso residencial quanto para fim empresarial, é uma opção que deve ser sempre considerada.

Geralmente, os preços de mercado do DPS costuma ser inferiores a R$ 50,00. Por conta disso, esse é um investimento que terá um custo-benefício astronômico, devido às infinitas possibilidades de se obter vantagens com o seu uso, independente da situação ou aplicação.

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